A review de hoje é sobre o novo filme do realizador Miguel Gomes, «Tabu», uma experiência diferente da sua ultima aventura cinéfila « Aquele Querido Mês de Agosto» .
«Tabu» protagonizado por Carloto Cotta, Ana Moreira e Laura Soveral.Galardoado nos festivais de Las Palmas e de Berlim, é até à data um dos filmes mais vendidos de sempre. Filmado a preto branco, remonta-nos ao cinema clássico, esta particularidade não somente empresta charme "vintage" como também assenta como uma luva na historia do filme, associando o preto e branco às memorias melancólicas e excêntricas das personagens.
O filme aborda essencialmente a historia de um amor impossível entre uma jovem mulher casada, Aurora e o colega da banda do marido, Gen Luca Ventura .
Lisboa é o cenário da primeira parte do filme, e África o palco da segunda parte.
Apesar de tratar-se de uma película a preto e branco, exibe um magnifico trabalho de fotografia, quer na primeira parte urbana, quer na segunda em plena África. O som, e a fotografia adquirem nesta parte um papel quase de protagonista, como um documentário ao estilo da BBC se tratasse.
Além da componente romântica, o filme invoca a presença portuguesa em África, os anos 60 e as bandas inspiradas na musicalidade dos Beatles, serve como documento antropológico no que diz respeito ao modo como viviam as comunidades autóctones africanas nos 60s ,e num outro registo a solidão humana das grandes cidades em pleno século XXI.
Com todos estes elementos podemos definir -lo como um filme excentricamente melancólico ...
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