terça-feira, 3 de abril de 2012

O Teatro da Vida ...

De volta aos temas cinéfilos, creio que foi Shakespeare, terá dito a vida é um teatro, no qual nós somos os actores e sem direito a rascunho, ideia esta que esquecemos todos os dias, deixando para amanhã o que podemos fazer hoje.
Vi há pouco  um filme com título bastante curioso, que troco sempre "Extremely loud and Incredibly close " ou seja "Extremamente alto e incrivelmente perto".
Filme emocionalmente forte e dramático. Explora a nova fragilidade americana, o 11 de Setembro, o  impacto numa criança, que de um dia para outro perde o seu companheiro.
 O filme aborda não somente a luta de uma criança em manter viva a memoria do pai, mas a dificuldade da mãe em lidar com o filho, pessoas frágeis, com limitações e problemas. 
Apesar de ter grandes estrelas de Hollywood como caso de Sandra Bullock e Tom Hanks, é o pequeno Thomas Horn, que se destaca.

A história desenrola-se aquando do dia fatídico, e o pequeno Oskar percorre New York com uma chave que encontrou nas coisas do pai e que supostamente irá abrir algo que este tinha preparado para ele. Os dois mantinham uma grande cumplicidade e faziam jogos de caça ao tesouro.
No decorrer deste jogo à semelhança do que fazia com o pai, vai estabelecer uma rede de contactos com pessoas igualmente problemáticas. Destacam, o avô, que não fala por opção e um outro casal,  peça chave para o desfecho da história.

À dor da perda, junta-se a desilusão, a raiva de tudo ter sido em vão, mas não foi, pois graças a Oskar, o casal  reconciliou-se e o avô voltou para casa. Descobre num passeio no Central Park, o que sempre quis, a resposta ao velho enigma: a existência do 6º bairro .

As ultimas imagens, no baloiço, Oskar, cada vez mais alto, quase que nos parece querer tocar no céu, analogia ao título  «Extremamente alto (pai /ceú) e incrivelmente perto» ( filho-baloiço).   

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