sábado, 8 de dezembro de 2012

E mais uma historia de amor



Não sou propriamente a maior defensora das historias de amor,  fui durante anos assídua leitora deste género; clássicos nacionais e internacionais. Esta « review»  incide sobre a nova adaptação de  Leon Tolstoy - Anna Karenina.

Apesar de não ter lido o livro associo a protagonista a uma outra - Madame Bovary de Gustave Flaubert. Sofridas, adulteras, e tendencialmente suicidas embora de diferentes maneiras.


Uma jovem esposa de um ministro do governo russo apaixona-se perdidamente por um oficial conde .
Vivem um amor louco, quase morrem se não consumirem arduamente um ao outro. A sociedade russa da segunda metade do século XIX não aceita a situação e surgem os problemas. A discriminação, difamação perante a nata da sociedade russa.


A protagonista é Keira Knightley, como Anna Karenina, o marido traído é Jude Law e o Amante é Aaron Talyor-Jonhsom. Knightley esta como peixe na água em heroínas históricas  sendo que o realizador deste filme, Jon Wright, foi também o de «Orgulho e Preconceito» e «Expiação», ambos com Knightley.
O atraente Jude Law, neste filme tem um papel muito passivo ou não fosse ele o marido traído. Encontra-se sombrio mas apesar da fúria inicial com a descoberta do adultério, porta-se à altura e perdoa a esposa criando o fruto do pecado da mulher .


O conde que enlouquece a jovem Anna, digno de um Deus grego, e quem não resistiria aos seus olhos azuis e caracóis louros. Não não podemos condenar a jovem Anna por se perder de amores por ele. 

Umas das particularidades do filme é transportar-mos mais para um ambiente teatral e talvez um pouco musical do que propriamente um filme por si só. O que é uma mais valia . As referencias as linhas férreas ao longo do filme são algo digamos proféticas não somente para o desenvolvimento da protagonista como também do autor em si .

Há algum tempo vi um filme que relata os últimos tempos de vida do autor, Tolstoy. O filme chama-se «A Última estação » de 2009, protagonizado por Christopher Plummer e a Helen Mirren. O próprio autor morreu numa estação de caminhos de ferro, embora de doença .

Céptica ou não, é um filme a ver; pelos actores, pela majestosa cenografia, para ficar a descobrir o que Jude Law guarda religiosamente numa caixinha no quarto ou somente para ficara conhecer uma das mais famosas historias de Amor. 


it's only words .... mine or yours ...who knows ??



Há já algum tempo vi o novo filme de Bradley Cooper , sim o borracho d'Ressaca, esse mesmo .Para além do actor em causa, o filme pareceu-me uma boa promessa . Acompanhado pelo veterano britânico  Jeremy Irons, Zoe Saldanha e Ben Barnes - o malogrado Dorian Gray 


Um jovem escritor aparentemente sem sucesso, encontra um manuscrito num loja de antiguidades, ao o ler decide publicá-lo como seu . O livro é um sucesso e catapulta-o para os píncaros da sociedade .
De repente vê-se em festas de luxo e goza de uma vida que sonhava há muito . Porém um dia surge um contratempo, encontra o verdadeiro autor do manuscrito. Ao saber da sua existência e do sofrimento a ele associado. Debate com o problema: revelar ou não a verdade .

Paralelo à historia principal do protagonista, temos mais duas histórias. A que deu origem à criação do livro ou seja como o verdadeiro autor chegou à elaboração do mesmo e uma outra narrativa aparentemente da do editor do livro em si .


Pode parecer estranho e bastante confuso mas um dos aspectos positivos do filme é mesmo o intercalar das três historias. Infelizmente um dos aspectos negativos do filme em causa é o desfecho pouco esclarecedor. 

Até que ponto iríamos para perseguir os nossos sonhos e mantê-los? .
Colocávamos de lado toda a nossa honestidade, orgulho e ética em prol do sucesso e uma vida fácil e luxuosa ???

domingo, 18 de novembro de 2012

#Channing Tatum, Photoshoot@ Sebastina Kim » GQ


Emma Stone a mais bem vestida de 2012



Emma Stone foi eleita a mais bem vestida do ano, pela Vogue norte americana. Também a InStyle Magazine, lhe atribuiu a mesma distinção, superando nomes de peso como Anne Hathaway ou Cate Blanchett.

Junho passado assegurou a sua primeira capa da revista Vogue. O grande salto no grande ecran foi no filme "The Amazing Spider-Man" com Andrew Garfield, actor com quem namora há mais de um ano. Em 2010 já tinha chamado à atenção em "Easy A" e um papel menor em "Friends with Beneficts", no elenco Justin Timbarlake e Mila Kunis. 

2011 foi um ano de ascenção. Com apenas 24 anos, o papel marcante em  "The Help", película que passou pelos Oscares e que não deixou a crítica indiferente. Inspirado no livro de Kathryn Stockett, sobre um grupo de empregadas domesticas afro-americanas, lutando contra a segregação racial  na américa dos anos 60.

Emma esteve ainda ao lado de Ryan Gosling em "Crazy, Stupid, Love." comédia romântica assegurando-lhe mediatismo junto do grande público. No entanto é com o regresso de "Amazing Spider-Man" que voltará a encher as grandes telas em 2014.

Disappearing


Perdoar é uma virtude, tal como a espera. Dizem que é necessário perdoar para sarar as mágoas, e até mesmo um amor não correspondido. Mas isso significa esperar. Odeio esperar. Sou impaciente, confesso. Por outro lado, não posso exigir de mim a rapidez do esquecimento.
Como é o caso do filme Closer (Perto demais). Alice Ayres (Natalie Portman) acaba a relação com Dan Woolf (Jude Law), por estar cansada do seu namorado gostar de outra mulher, Anna Cameron (Julia Roberts). Alice regressa de volta à profissão de stripper, para esquecer o dono do seu coração.


Este filme apresenta-nos quatro personagens que se envolvem entre eles. Pois, quando Dan não consegue nada mais do que um beijo de Anna, prega-lhe uma partida na Internet. Entra no chat em nome dela, e consegue marcar um encontro com Larry Gray (Clive Owen). E Anna acaba por casar com Larry. Ou seja, o filme demonstra uma série de desencontros amorosos, e tudo parece acabar mal. E é aqui que entra o esquecimento, as personagens recorrem as “escapadelas”, de forma a ultrapassar o sofrimento de amor.


Dizem que a cura do amor não correspondido está na busca de outro amor. Discordo. Nada é insubstituível. O segredo é mesmo esquecer. Como? Conhecer-nos. E se o perdão pode ajudar? Que venha o perdão. Mas a seu tempo. O perdão também tem de saber esperar.

sábado, 17 de novembro de 2012

A consciência da vida


Em tempos fui uma pseudo leitora de Paulo Coelho, li dois livros seus - O Alquimista e O Monte Cinco .
Todos os livros deste escritor brasileiro, são uma espécie de guia de auto - ajuda .
Ensinam-nos o lado bom e mau da vida com toda as vicissitudes .
Este dois livros são  à partida opostos. Um bastante optimista e outro pessimista . Assim é a vida feita de bons e maus momentos .À descoberta de um filme baseado num livro de Paulo Coelho, fiquei curiosa .
A lição que tiramos de Veronka decide morrer faz jus a restante obra literária .



A história desenvolve-se em torno de uma jovem mulher, aparentemente tem tudo para ser feliz . Beleza, independência económica, um apartamento, uma rede social, mas algo não corre bem e ela decide pôr termo à vida. Sobrevive à tentativa de suicídio mas na  sequência da mesma é lhe dito que tem pouco tempo de vida .

Após tal notícia desenrola-se um "mix" de aventuras e sensações que levam a personagem a ter uma nova consciência da vida e de quanto é essencial .Decide então fazer tudo o que não tinha feito até então de forma livre e espontânea.

O filme é protagonizado por Sarah Michelle Geller, famosa por ter interpretada a Buffy, a caçadora de vampiros . Podemos dizer que é credível a sua prestação. Dramática, impessoal perturbada , algo alucinada, preenche em si os requisitos .


As restantes personagens também elas de grande carga dramática, acompanham de forma coerente o drama que história exige. A passividade do filme pode ser interpretado por duas maneiras : simboliza o drama vivido pelas personagens, cada uma com as suas lutas, ou como algo a ser trabalhado e fica muito aquém das expectativas pretendidas. A consciência da vida, absorvida na eminencia da morte, é a grande lição apreendida.

A redenção dos pecados na descoberta do Amor e do simples acto de nos deixarmos apaixonar, sem pensar no dia de amanhã é visto no «love affair» da protagonista com outro paciente da clínica psiquiátrica onde se encontram. O caminho para a perdição da sociedade consumista em que vivemos é outra das ideias que  encaixa perfeitamente na ideologia de Paulo Coelho.

A vida numa imagem ...



A fotografia na minha vida

Para quem me conhece não é segredo, sou apaixonada pela fotografia.  Essencial para mim; o meu passatempo, a minha motivação, o meu escape.
Nem sempre foi assim, mas o bichinho fotográfico sempre esteve lá. Nas fotografia de família, especialmente com meus pais e avós, nas fotos das festas dos meus amiguinhos, das fotos que eram tiradas às minhas bonecas, uma presença contínua.
Através da fotografia, recordo velhos tempos, pessoas queridas que me deixaram cedo demais, mas também lugares que visitei, penteados que tive. Um misto de memórias que fizeram de mim a mulher que hoje sou.
A redescoberta da fotografia veio numa altura complicada, e quando precisei de algo que me chamasse de volta à vida, ela  estava lá pronta para ajudar e conseguiu da melhor maneira. Independentemente do sitio onde incide o meu olhar fotográfico, esqueço o mundo, os problemas e tudo o mais. Só existo eu e a fotografia!




Sou fascinada pela macro, seja na simbiose de flores e gotas de água ou nos pequenos pormenores do nosso quotidiano.
A fotografia animal é também um dos meus temas correntes, ou eu não fosse uma orgulhosa dona de três felinos. Muito fotogénicos para o agrado da sua dona.



No decorrer da minha paixão, fui experimentando novas temáticas procurando ser versátil e aprender sempre um pouco mais.
A paisagem urbana é a minha mais recente; percorrendo ruelas e esquinas, captando os mais diversos murais e grafitis.



O uso de ferramentas de manipulação fotográfica é um vicio, especialmente porque posso tornar em desenho e dar-lhe um "look" banda desenhada às fotos e fazer "mix" de cores.
Descobri na fotografia, a minha maneira de ver, mostrar e representar o meu mundo, a minha realidade mas também de tentar despertar consciências adormecidas, enfrentar preconceitos e deitar muros abaixo.


'The last but not the least ', um segredo. Por muito que adore a fotografia, prefiro ficar do lado de cá da objectiva. Irónico mas  sou uma péssima modelo fotográfica. 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Primark Experience


»A Primark é um mundo, talvez pudesse ser um bairro de lisboa pela sua multiculturalidade, misturam-se gentes e cheiros. Que tal o Martim Moniz?

»A Primark é um filme de terror. Famílias inteiras deslocam-se num espaço tão amplo, fácil é perder o norte ou aquela peça ridiculamente barata que a senhora indiana conseguiu "abarbatar" primeiro. 

»A Primark é o caos, mesmo com funcionários dinâmicos arrumando prateleiras, 10 segundos depois aparece uma família da Brandoa para remexer ruidosamente tudo em que põe a unha.

»A Primark revela o pior que há dentro de nós. As pessoas transformam-se, parecem sobreviventes da II Guerra Mundial, ou talvez vivamos uma III Guerra Mundial mascarada, mas há desespero nos seus rostos, "milkshake" de egoismo, movimentos rápidos e rudes. 

»A Primark é a puta da confusão. O ambiente agreste, os cheiros fluem e confluem, o calor humano inevitável, a roupa espalha-se pelo chão, os sacos atolam-se para depois se esvaziarem entre dúvidas e mais dúvidas....decisões tomadas junto à caixa registadora.

»Na Primark as t-shirt são giras e só custam 3 euros.

Porque é o cabo dos trabalhos chegar à Primark do Dolce Vita, a loja é um pesadelo, o desgaste físico e psicológico é tal, recomenda-se a compra de um número generoso destas t-shirts, para usufruto, oferta ou sabe-se lá.  Depois arranjar um cantinho é preciso e descanso, o reconhecimento de prova superada. Afinal,  passamos por mais uma Primark Experience. Agora, só para o ano.


#Michael Pitt, Photoshoot@ Matt Holyoak » Velour Magazine


De tempos a tempos, surge um actor que se distingue de todos os outros por não seguir a rigor o estatuto de super-estrela, e acima de tudo, por escolher a dedo cada papel a levar para o grande ecrã. Chamam-lhe, por vezes, o novo James Dean, uma honra desmedida, ajuda-os a levantar vôo em carreiras, que mais tarde, ficam-se pelo medíocre.

River Phoenix, Leonardo Di Caprio, James Fanco ou Michael Pitt, são excelentes exemplos do que Dean teria sido, se o destino não o colhesse tão cedo em planos numa esfera mística, em torno do rebelde das altas velocidades, o rosto da perfeição e mente em permanente conflito. 

Michael Pitt não é tão popular como os nomes anteriormente citados, mas não pela falta de talento, facto deve-se aos seus personagens  "underground". Destaque para "Dreamers" de Bernardo Bertolucci, uma pequena e marcante participação em "Hedwig and the Angry Inch" ou o arrebatador e incompreendido "Last Days" vestindo, arrepiante pelas semelhanças físicas, a pele de Kurt Cubain num filme de Gus Van Sant.

Há incursões "mainstreem" na sua carreira cinéfila, mas não são os momentos que se revelam importantes para o seu C.V. , bem pelo contrário, deixam as suas capacidades muito aquém. Relembro "Silk", coo-protagonista Keira Knightley, veste o fato de herói romântica, mas a "albarda" do romantismo piegas, definitivamente, não lhe assentando como tratrando-se da própria pele. Não é filme capaz de manchar-lhe o reconhecimento, até ao momento indiscutível como actor ímpar que já passou o título "revelação", talhado para papéis densos, amargos e que nos deixam um sabor estranho na boca

É capa da Velour Magazine e a sessão fotogáfica é assegurada por Matt Holyoak.

domingo, 28 de outubro de 2012

Bond ....James Bond .....





Um dos melhores OO7 dos últimos anos!
E não, isto não é somente a minha humilde opinião, segundo as críticas devidamente credenciadas , Skyfall é actualmente um dos melhores filmes da saga 007 . Há quem diga que encontra ao nível dos filmes pioneiros ainda com o mítica Sean Connery, o eterno 007.



Dotado de um elenco de luxo - Daniel Craig,  Judi Dench, Ralph  Fiennes e Javier Bardem.  Os cenários, fotografia e perseguições  magníficos como seria de esperar. 

Temos de tudo desde momentos cómicos e sarcásticos misturados com a acção. Referencia aos filmes antigos e assim como a icons, como é o caso do mítico carro do agente, e trechos musicais pertencentes a outros filmes .


Este filme pretende ao comemorar os 50ª aniversário da saga, revitalizar a personagem chamando a si o passado para criar "refresh" do futuro da personagem.
Se os anteriores se centravam na intriga policial, neste para além da intriga temos a acesso a história familiar do agente. A banda sonora ficou a cargo da a nova sensação da musica britânica, odiada por uns e amada por outros, Adele. 
Uma boa sugestão para quem gosta de filmes de acção e espionagem e sem dúvida uma « delicatessem» para a legião de fãs ....



sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Lagerfeld lança Net-a-Porter com o seu gato


Choupette é o gato de Karl Lagerfeld e ao que parece é visita frequente, pelo que modelos, maquilhadores e cabeleireiros, apaparicaram o felino. Se um gato, é por natureza a verdadeira estrela, desta vez Choupette, será o rosto, ou verdadeiramente "o focinho" do serviço Net-a-Porter. Segue o pequeno vídeo de apresentação.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Autoajuda - outras nove dicas pessoanas


1 - Faça o menos possível de confidências. Melhor não as fazer, mas se fizer alguma, faça com que sejam falsas ou vagas.
2 - Sonhe tão pouco quanto possível, exceto quando o objectivo direto do sonho seja um poema ou produto literário. Estude e trabalhe.
3 - Tente e seja tão sóbrio quanto possível, antecipando a sobriedade do corpo com a sobriedade do espírito.
4 - Seja agradável apenas para agradar, e não para abrir a sua mente ou discutir abertamente com aqueles que estão presos à vida interior do espírito.


5 - Cultive a concentração, tempere a vontade, torne-se uma força ao pensar de forma tão possível, que na realidade você é uma força.
6 - Considere quão poucos são os amigos reais que tem, porque poucas pessoas estão aptas a serem amigas de alguém. Tente seduzir pelo conteúdo do seu silêncio.
7 - Aprenda a ser expedito nas pequenas coisas, nas coisas usuais da vida mundana, da vida em casa, de maneira que elas não o afastem de você.
8 - Organize a sua vida com o seu trabalho literário, tornando-a tão única quanto possível.

in Rules of Live, Fernando Pessoa