De tempos a tempos,
surge um actor que se distingue de todos os outros por não seguir a
rigor o estatuto de super-estrela, e acima de tudo, por escolher a dedo
cada papel a levar para o grande ecrã. Chamam-lhe, por vezes, o novo
James Dean, uma honra desmedida, ajuda-os a levantar vôo em carreiras,
que mais tarde, ficam-se pelo medíocre.
River
Phoenix, Leonardo Di Caprio, James Fanco ou Michael Pitt, são
excelentes exemplos do que Dean teria sido, se o destino não o colhesse
tão cedo em planos numa esfera mística, em torno do
rebelde das altas velocidades, o rosto da perfeição e mente em
permanente conflito.
Michael
Pitt não é tão popular como os nomes anteriormente citados, mas não
pela falta de talento, facto deve-se aos seus personagens "underground". Destaque para "Dreamers" de Bernardo Bertolucci,
uma pequena e marcante participação em "Hedwig and the Angry Inch" ou o
arrebatador e incompreendido "Last Days" vestindo, arrepiante pelas semelhanças físicas, a pele
de Kurt Cubain num filme de Gus Van Sant.
Há
incursões "mainstreem" na sua carreira cinéfila, mas não são os momentos
que se revelam importantes para o seu C.V. , bem pelo contrário, deixam as suas capacidades
muito aquém. Relembro "Silk", coo-protagonista Keira Knightley, veste o fato de herói romântica, mas a "albarda" do romantismo piegas, definitivamente, não lhe assentando como tratrando-se da própria pele. Não é filme capaz de
manchar-lhe o reconhecimento, até ao momento indiscutível como actor ímpar que já passou o título "revelação", talhado para papéis
densos, amargos e que nos deixam um sabor estranho na boca
É capa da Velour Magazine e a sessão fotogáfica é assegurada por Matt Holyoak.
Sem comentários:
Enviar um comentário