domingo, 19 de maio de 2013

The Great Leo .....

O post cinematográfico de hoje recaí sobre um dos clássico norte-americanos - "The Great Gatsby ".

Protagonizado por Leonardo DiCaprio, num papel que ja foi de Robert Redford, parece uma justa passagem de testemunho . De um sex- simbolo para outro . Fã confessa dos dois, sou suspeita, claro está. Apaixonei-me por Redford em "África Minha" e por DiCaprio mais propriamente em "Diamante de Sangue", embora o tivesse visto no celebre "Titanic", foi mais tarde que se deu o salto para o meu top 5 .
O novo filme de Baz  Luhrmann, é um festival de cor, musica e festa. O que ele já nos habituou nos seus anteriores filmes . : "Moulin Rouge", "Romeu e Julieta" e "Austrália".
Tem sem duvida alguma o seu cunho pessoal, neste conseguimos ver a história do amor impossível de "Romeu e Julieta", o narrador-escritor de "Moulin Rouge" e o cenário mais popular e com toques de cidade do interior da América profunda. 

 A historia desenrola-se nos loucos anos 20, após a recuperação da primeira grande guerra, e da lei de proibição de alcool, e termina pouco antes do crash financeiro de 1929.

Luhrmann cria como só mesmo ele sabe riar um ambiente festivo, louco, orgiástico, colorido e extremamente musical . Como banda sonora temos uma panóplia muito diversificada desde Gershiwin, Cole Porter, Beyoncé, Lana Del Rey ou Alicia Keys.
A Fotografia e cinematografia magnifica quase apetece mergulhar naquele ambiente e  perder na magia. Todo e qualquer movimento está estrategicamente coreografado desde as actuações nas loucas festas de Gatsby até a coordenação dos criados ao servir as mesas . Nada está ao acaso e tudo entra numa ordem quase maníaca-obsessiva. 

O guarda roupa não foi deixado ao acaso, contextualmente fashion e muito trendy . Marcas como Prada e Gucci estao lá . Os cabelos e jóias elegantemente elaborados  ao pormenor .

Gatsby é o homem que todos falam, todos veneram, é uma figura mítica mas o que esconde? Quais as suas origens e as suas intenções em fazer tais festas loucas e mágicas? 

Ora a resposta é uma Mulher - Daisy Buchcannon.
Encarna o mítico sonho americano, o Self Made Men, esperança, optimismo utópico num futuro que nos livre dos erros do passado, uma certa ingenuidade em acreditar que podemos rescrever o passado, bem patentes nos diálogos entre o Gatsby e o narrador - co- protagonista - Nicky : 
  1. Nick Carraway: You can't repeat the past.
  2. Jay Gatsby: Can't repeat the past? Why of course you can.
Nas entrelinhas de Gatsby podemos ver elementos biográficos da vida do autor do clássico:  F.Scott Fitszgerald. A loucura, a bipolariedade, alcoolismo e transtornos manicos - depressivos . Sua esposa Zelda fora internada num hospicio, devido ao que hoje chamamos de bipolariedade .
No túmulo do casal Fitszgerald, está gravado uma das frases da obra :
 
"And so we beat on, boats against the current, born back ceaselessly into the past "

No protagonista vimos representado simbolicamente a sua esposa e em Nicky o seu alter ego, pois é ele o narrador da história e que acaba por escrever o romance biográfico do seu amigo Gatsby.
Amigo, aliás único como se pode ver no desenrolar da acção, é interpretado por Tobey Maguire  e Daisy o seu grande amor e motivação de tudo por Carey Mulligan .
 

É um filme que se ama ou se odeia. Em qualquer dos casos não deixa de ser bastante actual na mesagem que transmite na sua contemporaneidade e inovação tendo em conta que foi escrito em 1925.

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