Let's go back to Titanic...

Devo dizer, sou bastante suspeita, apesar das minhas fobias a barcos e águas marítimas, que ficarão para outra altura...adoro todas as noticias e artigos sobre Titanic.Fui a uma exposição em Lisboa e  continha alguns dos achados, peças recuperadas por Ballard desde 1985, na sua pioneira intervenção de arqueologia subaquática.

Lembro de ter ido ao São Jorge, a sala estava cheia, era novidade e tudo mais. Ganhou 11 oscares. À memória  algumas historias divertidas e carismáticas que tiveram origem nas cenas mais dramáticas do filme. Particularmente a do Jack, hipotérmico. Desculpem-me as mentes mais sensíveis, mas há uns tempos uma amiga contou-me que a madrinha tinha perguntado aquando da visualização dessa cena, se teria descongelado a carne para o almoço do dia seguinte. E uma outra também passada comigo,  perante uma audiência de lenço em punho e lavada em lágrimas, tal como Maria Madalena, "euzinha" com um ataque de riso e quase fui expulsa por insensibilidade.  Ainda mantenho essa capacidade, agora é com embalagens de chocolate em filmes de autor... Enfim um comportamento nada trendy ....

De volta, à história, estávamos em 1912, vivíamos uma época cheia de charme, "glamour" e romance. Não se adivinhava as sombras das Guerras Mundiais nem da crise financeira de 1929 e tudo mais que marcaria o século XX. Era suposto ser um navio «inafundável », o mais luxuoso do seu tempo, dotado de banhos turcos, afirmava-se que seria famoso pelo luxo aliado a excelente construção naval mas ficaria, sim para a história,  pelo pior dos motivos que o imortalizou.

Uma nova vida, fosse ela  na primeira classe com toda a arrogância ou na terceira, com esperança e ingenuidade e crença na terra das oportunidades do tio Sam. O filme explora a luta de classes numa versão cor de rosa, a história de amor entre uma passageira da primeira classe presa a um noivado de interesse e um passageiro da terceira em busca do novo mundo. Catapultou o jovem Dicaprio para a fama como "sex símbolo" de qualquer adolescente e jovem. Como estavam erradas, na minha singela opinião, o «Leo» está muito melhor hoje do que na altura, e não digo isto baseado na sua figura mas essencialmente na evolução como actor.

Estreou esta semana, dias antes do  1ºcentenario do desastre, a versão 3D. Até que ponto será uma mais valia ou  haverá êxitos que somente funcionam em determinada altura? Eu própria estou curiosa... mas de uma coisa estou certa, independentemente de tudo, «My heart will go on »....