sábado, 21 de abril de 2012

Trendy Clones? NO!

Se procuramos a individualidade, em termos de estilo, ao comprarmos todas nas mesmas lojas, o inevitável acontece. Ao virar da esquina, há sempre uma mulher com um trapinho igual ao nosso. Os gémeos, na infância, são vestidos a condizer, os pais acham uma gracinha, os miúdos não têm ainda voto na matéria. Não admira, mais tarde, por conta própria, usem calças ao fundo do rabo, rego ao leu e uma tatuagem tribal na omoplata.


Nunca me aborreceu, como agora, encontrar mulheres com roupa igual à minha. Por isso recordo, na série dos 80s «A Febre de Beverly Hills», Brenda e Kelly as duas rivais, encontram-se no mesmo evento com um vestido igualzinho. Ainda hoje, especialmente a comunidade "gay", adora lembrar esse episódio e gracejar, porque a ficção é tantas vezes pura realidade. Atentem o resto deste artigo.

Concerto do projecto A Naifa no Teatro Municipal de Almada, já de saída, uma jovem com pinta de gótica, um casaco, a que alguém terá chamado "muito Lady Gaga", mesmo a meu lado. Pormenor, mais igual ao que eu própria envergava, impossível! O meu "guia espiritual" disse-me um dia "em caso de hesitação, a resposta deve ser, não". E recordei as dúvidas que me assolaram, na altura em plena Berska, e aquele pedaço de pêlo na mão, havia a convicção "este material é contra a minha natureza, mais um bocado parece ter esfolado um animal para o tingir a vermelho."


A verdade é que há míticos episódios, com figuras mediáticos, estrelas vibrantes de Hollywood, usando os mesmos trapinhos para finalidades trágico-cómicas. Mariah e Whitney, dizia a imprensa, não se podiam ver nem ao longe, facto é que para além de gravarem um dueto, ainda protagonizaram o divertido episódio nos VMA's.


Por outro lado, e sem qualquer carta na manga, Shakira e Pink, usaram exactamente o mesmo vestido. Numa daquelas noites de insónia, coincidia entrega dos VMA's entra em cena Pink, num estilo muito rock n'roll, e atitude arrojada. Shakira, aparece em grande plano minutos depois, postura discreta, nem mesmo assim deu para dissimular o que estava à vista de todos. Em momentos embaraçosos, o melhor é agir com naturalidade e relativizar, afinal, no mundo todos os problemas fossem esse!


Lá se vê, a série mais "Trendy" de sempre só poderia ironizar com estas situações caricatas do social. Na sequela «Sexo e a Cidade 2", Samantha, a loira cinquentona, dá de caras com uma loira com idade para sua neta e um vestidinho igual. Quase morre ali, estatelada, sorri mas urge um plano para se escapar o quanto antes. O mesmo sentimento o desta comum mortal, em pleno burgo almadense e uma afronta terrível pela "bundona" e as botas de cano alto. Antes que me chutasse para canto, como fará com as baratas, e aquela biqueira fininha, saí à socapa e uma certeza, comprar nas lojas do costume é cada vez mais um risco.


Solução para evitar esta situações. Se até os mais ricos do mundo passam por elas, não seremos nós a escapar, mas creio cada vez mais na compra de artigos em segunda mão, onde se recuperam peças antigas, algumas até exclusivas e a preços extremamente cativantes. Não é por nada, mas A Crise Não Mora Aqui pode ser uma boa alternativa:)

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