terça-feira, 20 de março de 2012

Me, Poncho and I


Só recentemente me rendi ao Poncho, vestimenta tradicional da América do Sul. Conheço-me há demasiados anos de génese gordinha, é indubitavelmente uma peça que poderá transformar uma miúda roliça num autêntico saco de batatas. Fugia da peça como o diabo da cruz e, não fosse o diabo tecê-las,  nunca lhe quis saber o nome. Lá por casa, chamavam-no de "casacos de vestir pela cabeça" e surge pela primeira vez no início dos anos 90 em "pendant" com terríveis permanentes.  

Os Ponchos, uma espécie de cobertor improvisado, terão salvo a vida a muitos de morrer congelados. Há uns anos atrás os Ponchos salvaram, Martha Stweart, a dona de casa favorita dos norte-americanos de uma severa depressão. A loira de boas maneiras via o sol nascer aos quadradinhos  de agulhas em punho,  incitada pelas outras prisioneiras. E para que o diabo não urdisse uma teia de psicoses, tricotou que nem uma maníaca e entre as companheiras teria a alcunha de "unstoppable needles". Ora, não faço ideia, mas pareceu-me uma "agulhada" bem metida nesta teia, pois factualmente, sequer é do meu conhecimento se Martha Stweart ganhou o prémio de melhor "poncheira" da ala prisional que ocupou. 

Creio reconhecer, finalmente o Poncho, como uma peça válida no "chariot", acima de tudo pelo sentido de mobilidade e portabilidade. Os tradicionais Ponchos são feitos em teares com lã de ovelha, o que apresento é de fibra sintética, não tem o objectivo de aquecer mas adornar. Até há pouco tempo inconcebível, "o casaco de vestir pela cabeça" serviria tão somente para aumentar o meu volume corporal. Nenhuma mulher quer isso, pois não?

Algo étnico em tons laranja, roxo e farripas nas pontas, quem quiser comprá-lo disponível aqui.

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